🐝 Ibama frustra tentativa de tráfico internacional de 400 abelhas sem ferrão 🐝

 


Colmeia foi encontrada escondida em uma remessa expressa com destino a Hong Kong, na China

São Paulo/SP – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) impediu, no último dia 1º de agosto de 2025, uma tentativa de envio ilegal de uma colônia de abelhas nativas brasileiras sem ferrão. A apreensão ocorreu no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), em ação conjunta com a Alfândega da Receita Federal (ALF-VCP/RFB).

O material interceptado estava oculto em uma encomenda internacional, declarada falsamente como sendo brinquedos, com destino a Hong Kong (China). Durante a triagem, equipamentos de raio-X detectaram irregularidades no volume, o que levou à abertura do pacote. Dentro da caixa, além de pelúcias, fiscais encontraram uma estrutura de madeira contendo uma colônia completa de Melipona quadrifasciata anthidioides, conhecida popularmente como mandaçaia.

A inspeção constatou que os cerca de 400 indivíduos estavam vivos e em boas condições de saúde. Especialistas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Araras, e do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (IB-Unesp), campus Rio Claro, foram acionados para confirmar a identificação da espécie e orientar o manejo adequado. A colônia foi encaminhada ao Centro de Estudos de Insetos Sociais (CEIS/IB-Unesp), onde permanecerá sob cuidados científicos.

Responsabilização legal

A remetente da encomenda responderá a processo administrativo junto ao Ibama, podendo receber multa de até R$ 200 mil, conforme previsto na legislação ambiental brasileira. Além disso, o caso será remetido ao Ministério Público Federal (MPF) para investigação de crime ambiental e adoção das medidas cabíveis na esfera criminal.

Importância ecológica e risco do tráfico

O Brasil é considerado o país com maior diversidade de abelhas sem ferrão do mundo, abrigando mais de 2 mil espécies — cerca de 260 já catalogadas apenas da tribo Meliponini. Essas abelhas têm papel essencial na polinização da vegetação nativa e em culturas agrícolas estratégicas, como café, soja, tomate, algodão, açaí e girassol, além de contribuir para a produção de mel, própolis e outros derivados em sistemas de criação sustentável.

O tráfico ilegal de abelhas coloca em risco não apenas a biodiversidade, mas também a segurança sanitária e os esforços nacionais de conservação. A retirada indevida de colônias pode gerar desequilíbrios ecológicos e comprometer cadeias produtivas que dependem da polinização.


Fontes e créditos

  • Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – Assessoria de Comunicação Social.

  • Alfândega da Receita Federal do Brasil (ALF-VCP/RFB).

  • Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Campus Araras/SP.

  • Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (IB-Unesp) – Campus Rio Claro/SP.

  • Centro de Estudos de Insetos Sociais (CEIS/IB-Unesp).

Contato: imprensa@ibama.gov.br – (61) 3316-1015

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